04 novembro, 2012

Médicos, Blocos de Cimento e Sangue Mau: Resultados do Protesto "Sangue a Ferver".


Nação!

Pois é; lá aconteceu a nossa bonita acção. Este sábado, a partir das 16h, estivemos no Instituto Português do Sangue a reclamar que "o sangue gay também salva vidas" e a confirmar as dúvidas daquilo que temíamos ser realidade. 

Não éramos muitos mas conseguimos chegar à conclusão que procurávamos, infelizmente.

E porque este assunto não é um assunto simples; seja porque muita gente se recusa a acreditar que esta situação acontece de facto, ou porque ainda existem muitas pessoas que fingem que isto faz todo o sentido, achámos por bem, desta vez, deixar um testemunho pessoal. Neste testemunho contamos aquilo que se passou, passo a passo, na conversa que tive com uma médica no IPS em Lisboa este sábado. Para ficar como prova, como discussão e como história. 

Versão curta: Confirma-se, este país é um buraco e é verdade que em Portugal os homens gays não podem dar sangue. Ponto. Sem discussão absolutamente nenhuma. Os que, por acaso, o conseguem fazer, é porque ou mentem nos questionários, ou porque volta e meia têm sorte e encontram um médico que se esqueceu de seguir as políticas do Instituto. Esta é prática oficial, diga o IPS o que disser nos seus comunicados oficiais.

Aquilo que vos vou partilhar daqui para a frente foi a minha experiência pessoal deste passado sábado (3 de Novembro) na minha tentativa de doação de sangue na sede do IPS em Lisboa. 

Pré-Consulta com a Médica: 

Para aqueles que não conhecem os procedimentos associados ao acto de dar sangue, tudo começa com o preenchimento de um inquérito A4 que tem um conjunto de regras e indicações breves sobre todo o procedimento da doação de sangue, e inclui uma série de perguntas relacionadas com a saúde pessoal dos potenciais dadores. A lista completa pode ser lida no site do IPS e toca em coisas do género: se viajámos nos últimos meses, se alguma vez fomos operados, se tivemos sexo desprotegido ou se tivemos novos parceiros sexuais recentemente.
Estas perguntas são confidenciais e servem de base para a consulta com o médico. No caso de ainda não se ter um número de dador (caso seja a primeira vez), pedem-nos também outros dados pessoais como a morada, números de telefone e de BI, para nos inserirem na base de dados. 

Finalizado este processo, somos chamados para a consulta médica e lá vamos nós com o nosso questionário para um dos gabinetes. 

É importante referir que até à entrada no gabinete médico não existe qualquer referência à orientação sexuais do dador. As coisas mudam, no entanto, quando entramos para a consulta, e, como já fazia prever o comunicado do IPS (que desmentia a rejeição dos dadores homossexuais), de facto, o poder inquestionável dos médicos para poderem rejeitar os dadores durante a consulta individual, funciona como a desculpa perfeita para se conseguir contornar a regra da não discriminação.

Comecemos, então, no momento preciso em que eu entrei para a consulta. 

Quem me atendeu foi uma médica sorridente chamada Eugénia Vasconcelos que começou por refazer algumas das perguntas do questionário, tentando também perceber algumas das respostas que eu tinha dado. Perguntou-me coisas do género: para que país tinha viajado, quando é que tinha estado internado, que medicamentos é que andava a tomar, etc... Isto, para perceber se alguma das situações apontadas no questionário me excluíam de ser um potencial dador. E não. Nenhuma. Era, até aquele momento, aparentemente, uma pessoa saudável e apta a dar todo o sangue que fosse preciso. Boa! 

Foi então que passámos para o tópico das relações e da sexualidade. A médica começou a perguntar-me, por ordem (e eu a responder-lhe), se eu tinha tido parceiros sexuais novos nos últimos 6 meses (Não), se eu estava em alguma relação estável (Sim), há quanto tempo estava nessa relação (Há um ano), e - finalmente - se essa relação era com um homem.

A formulação desta última pergunta foi clara e eu, que tinha estado este tempo todo à espera de quando é que ela iria surgir, respondi-lhe também com a maior das naturalidades: "Sim, a minha relação é com um homem".

A médica hesitou uns segundos e disse-me antes de voltar a pausar "Ah",  "Então não vai poder dar sangue". E escreveu qualquer coisa no computador.

"Não vou poder dar sangue?" respondi-lhe meio surpreendido. "A sério? Porque estou numa relação estável com um homem não posso mesmo dar sangue?" 

"Sim", disse-me. 

E pronto, foi o que bastou. De repente, ao contrário do que até aquele momento se adivinhava, ficou definida a incontornável certeza da minha total incapacidade para poder dar sangue. Isto porque, sendo um homem, estava numa relação com outro homem. Ainda que essa relação fosse estável, monogâmica e segura. 

Não me perguntaram se era gay ou bissexual. Perguntam antes se a minha relação era com um homem. E por muito que essa não fosse a mesma pergunta, tinha na prática o mesmo objectivo. Se a minha relação tivesse sido antes com uma mulher, nas exactas mesmas condições e com as exactas mesmas praticas sexuais (que vamos ver mais à frente na conversa serem a justificação dada) eu já não teria sido excluído. Simples. 

Mas avancemos, porque é a falar que as pessoas se entendem (ou tentam). O que se seguiu em consequência desta afirmação da médica foi a parte mais surreal de toda a minha tarde.

Acho até que, à primeira, aquilo que mais me surpreendeu foi o facto desta discriminação aparecer assim de forma tão trivial, tão simples, tão pseudo inconsequente. Com certeza - pensava eu - que isto teria de estar relativamente bem dissimulado, não?
Não. Não, de todo. 

Lembro-me de olhar para a médica imediatamente depois daquele último "sim", para a placa de identificação que tinha na bata e de lhe perguntar o nome para tentar perceber se ela sentia alguma espécie de vergonha ou desconforto por me estar a dizer aquilo. Queria tentar compreender também se aquilo poderia ser uma capricho dela ou se era antes uma atitude representativa da política da instituição.

Mas não. Zero vergonhas, zero desconfortos. Parecia uma coisa normalíssima e habitual.

Perguntei então à médica se podíamos falar um bocadinho sobre este assunto, já que eu tinha algumas dúvidas por esclarecer. Ela aceitou, sem problemas absolutamente nenhuns, e eu comecei então por lhe perguntar porque é que os homens homossexuais não podiam então dar sangue, e se havia alguma justificação médica/científica para isso.

A médica começou então por me tentar explicar-me que "os homossexuais masculinos praticam sexo anal", que o sexo anal era "uma pratica de risco" porque ser "essencialmente um grande veículo de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis".

"Mas a médica não perguntou se eu fazia sexo anal", disse-lhe; e ela respondeu-me que tinha "assumido" que quando eu lhe dizia que tinha uma relação com um homem, que isso queria dizer que tinha sexo com ele e que o sexo que fazíamos era sexo anal. "Assumiu?", lembro-me de repetir. 

"Mas então e se eu não fizesse sexo anal ou se não fizesse sexo de todo com o meu namorado? Não ia perguntar isso?" "Pois", respondeu-me, "nós assumimos que fazem." E ficou por aí.

Perguntei-lhe depois se os casais heterossexuais e as mulheres não faziam também sexo anal e porque é que a eles não se assumi isso também. "Sabe que até um casal de duas mulheres pode fazer sexo anal, certo?", acrescentei.
E daqui para a frente a médica começou cada vez menos a fazer sentido. Disse-me que os homens que fazem sexo com homens têm maior incidência de doenças sexualmente transmissíveis e que, por isso, é só neles que interessa.

"Mas vocês não testam o sangue todo?", perguntei-lhe. Ela assegurou-me que sim com um tom inquestionável. Eu perguntei-lhe então, meio confuso, porque é que nos rejeitavam antes de fazerem os testes e assumiam antes que o nosso sangue (e apenas o nosso sangue) é que não prestava. 

A médica disse qualquer coisa relacionada com aqueles serem os procedimentos deles e que era assim que eles funcionavam. Atirou também uns conceitos relacionados com "grupos de controlo" e "normas médicas" que eu não percebi muito bem como é que se aplicavam aquele assunto nem se realmente faziam algum sentido. 

Dados e estudos que comprovassem estas "incidências superiores nos homens que fazem sexo com homens" a médica não referiu nenhuns e muito menos me conseguiu explicar como é que dois homens numa relação monogâmica sem quaisquer outros parceiros têm  um maior risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis só porque praticam sexo anal. As doenças são então transmitidas de onde e por quem? Vêm dos móveis? Do ar? Enfim...

Seria talvez que a médica estivesse a assumir também - já agora - que os homens gays andam por aí na rua a recolher seringas usadas do chão e a espetarem-nas nos olhos e daí vir os maiores riscos de transmissão de doenças? Não sabemos. Sabemos é que é meio ridículo - e obviamente problemático - transformar em práticas institucionalizadas ideias que vêm de preconceitos, estereótipos e juízos de valor da nossa sociedade, só para depois se tentar escondê-las atrás de argumentos "científicos" parolos que não fazem sentido absolutamente nenhum a qualquer pessoa que tenha dois dedos de testa.

Lá nos alongámos um bocadinho sobre este assunto até que subitamente o tom da conversa mudou. E, no momento mais genial e triste de toda a consulta, a médica interrompe-me e pergunta-me assim ligeiramente cansada das minhas insistências: 

"Mas ouça lá, porque é que o senhor quer tanto dar sangue? Vá contribuir de outras formas!" 

Eu confesso que fiquei meio parvo com este comentário. Espera lá - pensei - esta médica está-me mesmo a perguntar porque é que eu quero dar sangue como se não fosse uma coisa óbvia que eles incentivam e a sugerir-me que existem melhores formas de contribuir para o bem-estar da minha sociedade? Hem!?

Respondi-lhe várias coisas no tom mais calmo que consegui. Disse-lhe que era uma questão de igualdade e de direitos; disse-lhe que eu tinha, como cidadão saudável, o direito e o dever de dar sangue como qualquer outra pessoa; disse-lhe que não havia nada de errado com o meu sangue e que tinha todos os critérios oficiais; disse-lhe que havia muitas pessoas a precisar de sangue no meu todo o país.

"Não está o IPS com falta de sangue? Não é isso que se fala nos media?", perguntei-lhe, e ela respondeu-me que sim. 

E disse-lhe também que eu contribua na minha vida de outras formas para a sociedade e que uma coisa não invalidava a outra; que queria dar sangue porque dar sangue era uma coisa boa que nem merecia sequer  justificação.

Perguntei-lhe depois, passado um bocado, se a médica percebia o quão insultuoso era aquilo que ela me acabara de dizer. Ela lá respondeu que "pronto, não era bem isso que queria dizer" e mudámos de assunto.

Falámos então da questão da legalidade; do porquê de ainda aplicarem esta exclusão, sendo que na Assembleia da República se aprovou uma resolução contra esta situação e foi até retirada do questionário oficial. Aqui a médica perdeu-se novamente em justificações meio trocadas a dizer-me que a exclusão não estava no questionário mas que "isso não queria dizer nada" porque "era a política aplicada em Portugal e no conjunto de países a que Portugal pertence" e que "não se pode ir contra ela". 

Não chegámos a conclusão nenhuma. Não havia ali volta a dar. A médica concordava com esta situação e aquilo não ia mudar.

Finalizámos a conversa, despedimo-nos de forma simpática mas desconfortável e eu voltei para a sala de espera.

Deixem-me, no entanto, tentar explicar uma coisa. Esta médica não era necessariamente uma pessoa má ou desagradável. E, no entanto, num qualquer velho síndrome bem português, parecia que mantivera um bloco gigante de cimento em frente à cabeça durante toda a nossa conversa, que a deixava completamente imune a qualquer tipo lógica.

Simples mas frustrante, directa embora difícil, simpática e no entanto completamente inacessível. A médica parecia não perceber, por mais que tentasse (supondo que tentava), isto que eu lhe estava a tentar transmitir. Estas coisas de direitos, de discriminação, de justiça. E era triste.

Verdade seja dita que a certa altura ela lá disse que "até percebia o que eu estava a dizer, mas.. que não era assim." E pareceu mais um daqueles traços desgraçados lusitanos de dar simultâneamente uma facadinha no peito e uma palmadinha nas costas; toda uma espécie de ignorância arrogante e estupidificante ali envolvida numa total ausência de culpa ou responsabilidade. A velha lenga-lenga de aversão à mudança; uma indisposição natural para a pro-actividade mesmo quando as coisas são obviamente absurdas. O habitual, portanto.

Assim que voltei à sala de espera onde estava o resto do grupo e lhes contei que tinha sido excluído e o porquê disso, concordámos que seria a altura certa para pedir o livro de reclamações e deixar a situação lá relatada.

Escrevemos a reclamação, e quando as pessoas do nosso grupo que puderam dar sangue (mulheres, porque a pergunta parece ser mesmo só para os homens) acabaram de o fazer, despedimo-nos do IPS, deixámos uns cartazes e manifestos, e viemo-nos embora.

Fim. E assim foi o nosso "Sangue a Ferver".

O próximo passo agora é esperar pela resposta da reclamação, mandar uma carta ao Ministério da Saúde com o relato da situação e a exigir que esta situação mude. 

Da nossa parte e para terminar este post, deixamos um gigante obrigado a todos os que estiveram presentes durante esta tarde. Sem vós, isto teria sido muito menos divertido (e bastante mais deprimente). (:

Agradecimento especial também ao Dezanove, ao Clube Safo e às Panteras Rosa - as únicas organizações Queer portuguesas que estiveram presentes connosco durante a tarde. Estas são, sem dúvida nenhuma, organizações bonitas e pro-activas que se recomendam e que se destacam por contribuírem na prática para a mudança neste Portugal. 

Agradecemos também a todas as pessoas (e restantes organizações) que partilharam o nosso evento e que virtualmente se juntaram à nossa causa. Foi um protesto universalmente bem recebido por todos e recebemos muitas mensagens bonitas de apoio e de encorajamento.

Fotos (algumas roubadas gentilmente à notícia do Dezanove) e cartazes encontram-se ao longo do artigo e o manifesto podem lê-lo no final do post.
Questões e comentários que tenham sobre este assunto, já sabem, mandem-nos por e-mail (para  bichascobardes [at] googlemail.com), escrevam-nos no nosso Facebook ou comentem aqui no Blog..

Beijinhos, malta vermelha, e até à próxima!
Manifesto: clicar para aumentar 

13 comentários:

  1. Lamentável, esta atitude! Ainda para mais vinda de um médico, que deveria ser uma pessoa esclarecida! Tantos dadores que têm vidas promiscuas, ou, tiveram nos tempos do ultramar e continuam a ser uma espécie de heróis dadores... hipocrisia é o que é!

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  2. a foto da reclamação não têm demasiada informação pessoal?

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    1. Tens razão, J. Já mudámos a imagem. Obrigado pela sugestão.

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  3. Por se ser gay devm pensar que temos veneno no corpo ou no século XXI em Portugal ainda se considera a Homosexualidade um doença? Lamentável.... Parabéns aos presentes neste protesto....

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  4. Eu gostava de saber uma coisa. As mulheres puderam dar sangue porque não lhe foi feita a pergunta. Mas alguma delas revelou a sua orientação sexual? Pode acontecer, no meio de tantas perguntas sobre a vida sexual de uma mulher homossexual, a pessoa cansar-se de ouvir "o seu parceiro/marido" e corrigir para "parceira/esposa". Houve alguma experiência destas? Pergunto porque há uns anos atrás (há cerca de 7 anos), eu revelei que tinha uma parceira e não um parceiro, e tentaram impedir-me de doar sangue. Acabei, na altura, por lhes dar a volta (alegando que eles assumiam que relações sexuais incluíam penetração no sentido tradicional, o que não acontecia na minha relação por motivos óbvios), no entanto foi-me indicado que "se a situação mudar e passar a haver penetração, já não poderá doar sangue".

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    1. Olá Mafalda,

      Segundo sabemos a questão da orientação sexual não surgiu em nenhum dos casos com mulheres este sábado, e, portanto pode-se assumir que a médica não sabia.

      Podemos também argumentar, no entanto, que sabia ali no centro durante a tarde que estava ali um grupo activista a tentar dar sangue e podia de facto haver a associação sendo que estávamos juntos. Mas suponho que sejam tudo conjecturas.

      Não podemos saber com certeza que caso alguma das dadoras lésbicas tivesse reforçado que estava numa relação com uma mulher, as perguntas teriam sido ou não diferentes como no teu caso.

      Até agora nunca tínhamos ouvido um relato destes, de discriminação de sangue no caso de dadoras lésbicas. Obrigado por teres partilhado a tua história.

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  5. Impressionante... Esta podia ser a minha história que também partilhei há cinco anos atrás... Enfim! http://gay.blogs.sapo.pt/362640.html

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    1. Olá Cristms,

      Muito obrigado por nos teres deixado este link e teres partilhado a tua história. É realmente impressionante perceber a dimensão monstruosa deste assunto e todas as pessoas que já foram afectadas por isto.

      Que pelo menos estas histórias se liguem todas de uma vez, para ganharmos mais força na contestação.

      Abraço e obrigado.

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  6. Olá vichas corajosas. Também lá estivemos várias panteras - aliás, na fotografia está a Anabela, que acumula safo e panteras. Eu btambém fui com outra pessoas, pouco depois das 16h, mas não encontrámos ninguém e entre nós não havia quem pudesse fazer doação. Pela foto que vocês publicam, vejo agora que nos cruzámos brevemente quando vocês estavam na fila de espera, mas não soubemos identificar-vos e as pessoas que conhecíamos deviam estar lá dentro.

    s

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    1. Ok, Sérgio, Obrigado. Vou acrescentar então.

      Mas alguns de nós tinham A4's colados no peito com a frase "Sangue gay também salvam vidas". Deveríamos ter sido fáceis de identificar.

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  7. Esta foi a confirmação da denúncia que a CASA tinha efectuado há duas semanas e que o IPST imediatamente veio desmentir, agora se provando, uma vez mais, que quem mentiu foi o Instituto Português do Sangue e seus responsáveis que publicaram um comunicado de resposta, vergonhosamente MENTIROSO. A CASA não mente e tem extrema cautela nas situações que denuncia publicamente, nunca o fazendo sem ter total confirmação e muito menos o faz o seu Presidente, que assinou o Comunicado de Denúncia. Assim sendo, hoje a CASA vê a sua denúncia comprovada e eu, seu Presidente, afirmo oficialmente que o Presidente do Instituto Português do Sangue MENTE quando nega a realidade que conhece e que foi previamente denunciada pela CASA. É mais do que altura dos responsáveis políticos deste País, terem cuidado com as afirmações oficiais que fazem, nomeadamente quando se atrevem a tentar descredibilizar quem não admite tal técnica terrorista que seria impensável em responsáveis oficiais mas que mais não são do que meros funcionários pagos por todos nós. Acima de tudo, exige-se decência! Àqueles que se voluntariaram para comprovar a situação a CASA agradece o contributo e informa não ter sido possível estar presente apenas por questão de agenda.

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    1. Exacto, Manuel. Infelizmente isto são coisas que cada vez menos nos surpreendem.. Obrigado pelo comentário.

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  8. Admiro muito as pessoas que se dedicam a estas causas mas acho que isso não basta, é preciso que todos individualmente no dia-a-dia sejamos conscientes e combativos cada vez que somos vitimas de discriminação. No meu caso nem tenho escolha porque sempre que me sinto discriminado por ser gay é como se me passasse uma coisa pela cabeça e naquele instante todo o meu cérebro começasse a ferver e ai, ai, ai, saiam da frente, lol... mas infelizmente a maioria dos gays em Portugal ainda são muito "bichas cobardes"...

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